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POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS
 

VALÉRIO EDÍTUO

( Império Romano )

 

Valerio Edituo (em latim : Valerius Aedituus ; ... – ...; fl. século II aC ) foi um poeta romano em latim que viveu no século II aC , do qual não há informações biográficas precisas.

 

Valério Edituo: hétero e homo

Não sabemos nada sobre essa figura, mas podemos supor que fosse
um poeta do século I a.C. pertencente ao grupo Quinto Lutácio Cátulo. Talvez até seu nome Aedituus  esteja equivocado, já que não
encontramos outros iguais na história romana, mas apenas o similar
Aeditumus. Há duas passagens nas Noites áticas de Aulo Gélio de
importância para o nosso assunto. Na primeira (19.9) temos a história de um dia em que o rétor Juliano é perguntado sobre os poemas dignos de nota da língua latina (comparáveis a Anacreonte)
e como resposta cita dois poema de Valério Edítuo, um de Porcínio
Licino e um de Quinto Cátulo, os mesmos poetas que são mencionados por Apuleo (Apologia 9).  A partir da temática homoerótica que aparece em Anacreonte, podemos explicar a exclusividade de todos os poemas citados nesse trecho.
Na segunda, o próprio Aulo Gélio indica um epigrama de Platão, e em segunda apresenta uma tradução, por lembrar-se de que um amigo a havia feito quando jovem.
Nos dois casos, parece claro que parte do repertório discursivo sobre homoerotismo literário estava, de fato, vinculado diretamente à cultura grega absorvida pelos romanos: no primeiro caso, o assunto surge de uma comparação com a poesia de Anacreonte; no segundo, temos diretamente uma tradução de Platão. 

                                                           (Guilherme Gontijo Flores)

 

TEXTOS EM LATIM  - TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

POR QUE CALAR NOSSOS AMORES?: Poesia homoerótica latina. Organização Raimundo Carvalho, Guilherme Gontijo Flores, Márcio Meirelles Gouvêa Júnior, João Angelo Oliva Neto.  Edição bilíngue Latin – Português.  Belo Horizonte, MG: Autêntica
Editora, 2017.     285 p. (Coleçâo Clássica)  16,5x24 cm.  ISBN 978-85-8217-602-3                                       Ex. bibl. Antonio Miranda

 

    

  1. (Aulus Gellius, Noctium Atticarum, 19.9)

       
Dicere cum conor curam tibi, Pamphila, cordis,
quid mi abs te quaeram, uerba, labris  abeunt,
per pectus manat  súbito <subido> mihi sudor:
sic tacitus, subidus, dum pudeo, pereo.

 

  1.  (Aulus Gellius, Noctium Atticarum, 19.9)

Quid faculam praefers, Phileros, qua est nil opus nobis?
Ibimus sic, lucet pectore flamma satis.
Istam nam potis es tuis saeua extinguere uenti
aut imberrrr caelo candidus praecipitans;
at contra hunc ignem Veneris, nisi si Venus ipsa.
nullast hunc ignem possit uis alia opprimere.


*******

  1. (Aulo Gélio, Noites áticas, 19.9)

    Se tento te contar minha paixão, ó Pânfila,
    todas palavras somem dos meus lábios,
    pelo meu peito corre um súbito suor:
    calado e cálido, pereço e pejo.


    2. (Aulo  Gélio, Noites áticas, 19.9)

    Uma tocha, Fileros, se ela nem é nossa?
    Basta uma chama reluzir no peito.
    A tua pode se extinguir em vento vil
    ou densa chuva que cair do céu;
    contra o fogo venéreo, só a própria Vênus:
    nenhuma força pode combate-lo.

 

Notas

Poema 1:  
Esse epigrama tem reminiscência de Safo frag. 31 Voigt, que depois viria a ser recriado por Catulo 51.   Sua temática
é homoerótica, mas deixei-o aqui pelo contexto proposto por Aulo
Gélio e pelo fato de se tratar de uma imitação da poesia de Safo.


       Tomou-me o Amor,
e não recuso.
Astros amigos, ó senhora Noite, cúmplice d´amores
levai-me agora até Cipris,
que me deu por escravo,
e ao grande Amor que me acolhe.
Tenho por guia o grande fogo
que abrasa em minha alma.

 

*

Página publicada em abril de 2023


 

 

 
 
 
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